Com objetivo de informar a importância do monitoramento dos contaminantes.
Introdução
Os contaminantes são influências não desejadas que podem destruir a integridade dos fluidos dos sistemas hidráulicos.
A menos que estes contaminantes forem controlados, o controle dos contaminantes nos fluidos lubrificantes tem como finalidade que o equipamento alcance sua vida útil de serviço prevista.
Grandes partes das falhas de sistemas apresentadas são resultantes diretas de contaminantes.
Esta contaminação, que ocorre na forma de sujeira, partículas de desgaste de metal, tinta, enfim, qualquer corpo estranho dentro de um fluido, acelera o desgaste dos componentes, roubando a eficiência do equipamento.
Os estudos comprovam que 75 a 85% das falhas ocorridas em sistemas hidráulicos são diretamente ligadas à contaminação, e como as folgas são mínimas nos sistemas hidráulicos modernos, mesmo as partículas invisíveis a olho nu podem acarretar o início do desgaste de um componente, e aumentar a perda de eficiência de todo o sistema.
O objetivo do controle da contaminação é aumentar a vida útil dos componentes e a produtividade das máquinas, diminuindo os custos para o cliente, em média uma redução de 95%, aumentando a sua satisfação, ao mesmo tempo, que este controle evitará a ocorrência de defeitos, acidentes, interrupções e reparos dispendiosos.
O controle de contaminação, como alicerce da manutenção preventiva e proativa, é implantado em 4 passos simples:
Se possível, deve ser evitada a armazenagem ao ar livre.
O desgaste pela ação do tempo pode apagar ou remover as etiquetas dos tambores, conduzindo a possíveis erros na seleção de lubrificantes para aplicações específicas.
Ademais, uma ampla variação de temperaturas ao ar livre, com a conseqüente expansão e contração das costuras, pode conduzir para vazamento e desperdício. A probabilidade de contaminação é também aumentada. A água pode vazar até dentro de tambores fortemente selados por ser sugada além do tampão quando o tambor e seu conteúdo se expandem ou contraem. O tempo quente ou extremamente frio pode também mudar a natureza de alguns óleos compostos e emulsões, tornando-os inúteis.
Quando os tambores devem ser estocados do lado de fora, as seguintes precauções são recomendadas:
A presença de água no óleo é sempre indesejável, devido aos muitos problemas que pode acarretar nas máquinas e pelos custos decorrentes.
Toda possibilidade de contaminação deve ser identificada e eliminada, tais como: juntas e retentores danificados; trincas, rachaduras e perfurações em blocos e tubulações que permitam a passagem de água de refrigeração, óleo solúvel, solução aquosa de retífica, etc; recipientes de transferência de óleo, reposição ou coleta de amostra, contendo umidade; embalagens de óleo armazenadas em condições inadequadas ou sem vedação suficiente;
abertura do equipamento para manutenção, troca do óleo, reposição ou coleta de amostra, em situação de elevada umidade relativa do ar, etc.
Dependendo do equipamento, das condições de operação e do nível de contaminação, a água no óleo pode.
Não há norma específica que determine limites. Contudo, vários fabricantes de máquinas apresentam recomendações quanto à contaminação limite (classe ISO e/ou NAS).
A listagem abaixo deve ser utilizada como simples referência.
Cada caso deve ser estudado adequadamente, levando-se em conta:
Componentes | ISO 4406 | NAS 1638 |
---|---|---|
Controle de servo válvulas | 14/11 | 5 |
Válvulas proporcionais | 15/12 | 6 |
Válvulas de controle direcional e pressão | 16/13 | 7 |
Bombas de engrenagem s/ motores | 17/14 | 8 |
Válvulas de controle de fluxo, cilindros | 18/15 | 9 |
Fluido novo não usado | 19/18 | 10 |
O óleo combustível e os filtros hidráulicos são projetados para atender a rigorosos requisitos de desempenho a fim de proteger o motor ou o sistema de combustível ou hidráulico onde são usados. Os componentes do sistema simplesmente duram mais se o filtro correto for utilizado para remover os contaminantes prejudiciais daquele sistema.
Os testes para a razão beta são uma maneira precisa e objetiva de comparar o desempenho de filtros de líquidos. Este teste mede a capacidade do filtro remover partículas de um dado tamanho da corrente de fluido, assim identificando a sua eficiência para retirar tamanhos específicos de partículas contaminantes. Este teste é executado de acordo com um procedimento padronizado da indústria.
A razão beta é estabelecida contando-se o número de partículas de um tamanho específico que entram no filtro e dividindo-o pelo número de partículas do mesmo tamanho que saem do filtro.
A razão beta deste filtro é 20.
Use a seguinte fórmula para converter a razão beta em eficiência.
A razão beta do filtro acima pode ser mostrada como βx = 20 onde "x" é o tamanho de partícula em mícrons ou, pode-se dizer, que este filtro tem eficiência de 95% para remover partículas de tamanho "x".
Aqui está uma tabela que inclui razões Beta comuns e a eficiência em porcentagem para cada uma.
A experiência de projetistas e usuários de sistemas de óleos hidráulicos e lubrificantes tem demonstrado o seguinte fato:
O custo devido a contaminação é de estarrecer, resultante de:
Perda de produção (paradas)
A contaminação interfere em quatro funções do fluido hidráulico:
Se uma destas quatro funções for impedida, o sistema hidráulico não se desempenhará conforme projetado.
O resultado da parada pode facilmente custar muito mais do que imaginado por hora de manufatura.
A manutenção do fluido hidráulico ajuda a prevenir ou reduzir a parada não planejada.
Isto é conseguido através de um programa contínuo de melhoria que minimiza e remove os contaminantes.
Danos do Contaminante
O que se espera do fluido hidráulico: é que ele crie um filme lubrificante para manter as peças de precisão separadas.